A Praça Antônio Prado, em frente à Bovespa, foi o local escolhido para a realização do evento. A escolha se deu pela simbologia que cerca o espaço, predominantemente frequentado e liderado por homens. O local também dispunha de um coreto, ideal para as apresentações artísticas e duas engraxatarias, que serviram de camarim, estúdio fotográfico e base de captação de depoimentos para a revista Marie Claire.
Por se tratar de um evento de rua, na etapa de pré-produção, foi necessário dialogar com: a Prefeitura Regional da Sé, que liberou o uso do espaço público; a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que autorizou os acessos de veículos de produção do evento; a B3 e o Farol Santander, responsáveis pela zeladoria do espaço.
Para reforço da segurança das equipes envolvidas e do público, foram acionadas a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar. Ambas as organizações disponibilizaram um contingente exclusivamente feminino, a pedido da organização do evento.
Ainda no âmbito burocrático, houve envolvimento do Juizado de Menores para autorizar a apresentação da artista MC Soffia, menor de idade.
Toda a equipe de produção por trás dos holofotes foi executada por mulheres, a saber: carregadoras, montadoras, faxineiras, motoristas, brigadistas, seguranças, eletricistas, técnicas de som, maquiadoras, fotógrafas, produtoras de vídeo, designers, produtoras artísticas e executivas.
As artistas convidadas ofereceram ao público um repertório formado por rap, samba, coco, MPB, sound system e pop, retratando diversidade e representatividade.
A linguagem artística do grafite também teve espaço e reconhecimento. Durante todo o dia, três artistas do coletivo Efêmmeras produziram suas obras ao vivo, inspiradas pela temática do evento.
A cenografia imprimiu, literalmente, os conceitos que o evento queria reforçar, como sororidade, filoginia e feminismo. Também procurou um equilíbrio entre a modernidade da comunicação visual do projeto e a arquitetura do local histórico em que a iniciativa aconteceu.
A estratégia de comunicação foi 100% digital e contou com motion graphics, cards e vídeos feitos pelas próprias artistas para envolver e convidar o público. As peças foram veiculadas no site institucional da Globo e nas redes sociais da emissora (Instagram e Facebook). No dia da mulher, uma playlist formada exclusivamente por artistas mulheres foi disponibilizada no Spotify da Globo, reforçando a homenagem.